À beira de calote, Venezuela enfrenta dia crucial com os credores
Maduro nega calote e fará encontro com proprietários de títulos para renegociar a dívida de seu país e da petroleira PDVSA de quase US$ 150 bi.
A Venezuela celebrará nesta segunda-feira (13) uma reunião crucial com os credores em Caracas para discutir o plano de renegociação da dívida externa, ao mesmo tempo que os proprietários de bônus examinarão em Nova York o atraso nos pagamentos, entre fortes temores de um default (calote).
O presidente Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela "nunca" se declarará em default, ao renovar o convite aos proprietários de títulos para o encontro às 18h GMT (16h de Brasília) para renegociar a dívida de seu país e da petroleira PDVSA de quase US$ 150 bilhões.
"Eles jogam para que a Venezuela se declare em default. Nunca! O default nunca chegará à Venezuela. Nossa estratégia é renegociar e refinanciar toda a dívida", afirmou no domingo.
Analistas não acreditam na possibilidade de sucesso da reunião, pois as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela proíbem a seus investidores negociar dívida venezuelana. Quase 70% dos donos de títulos são americanos e canadenses.
Para complicar ainda mais o cenário, Maduro nomeou como principais negociadores o vice-presidente, Tareck El Aissami, e o ministro das Finanças, Simón Zerpa, que entraram em uma lista de sanções de Washington e com os quais os cidadãos americanos não podem tratar da questão.
Em Nova York, o comitê da Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA), que reúne proprietários de títulos da dívida, examinará o atraso no pagamento de US$ 1,161 bilhão do bônus 2017 da PVDSA, que o governo afirma já ter transferidos, mas que os credores não haviam recebido até sexta-feira.
Uma falta de pagamento pode ser declarada pelas agências de classificação, pelo governo ou pelos grandes credores. Por esse motivo, uma avaliação negativa da ISDA resultaria em um default e no pagamento dos seguros CDS (Credit Default Swaps).
As agências Fitch, Standard and Poor's e Moody's rebaixaram a nota da dívida ante a possibilidade de uma cessação de pagamentos do país a curto prazo.
Madurou acusou as agências de "politizar" a questão e afirmou que elas integram a "guerra financeira" comandada pelos Estados Unidos.
Analistas concordam que a Venezuela, com uma economia devastada e reservas internacionais de apenas US$ 9,7 bilhões, terminará em default, mas divergem sobre quando isso acontecerá.
Fonte: Globo News
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Em pensar que este já foi o país mais promissor da AL. Socialismo + populismo dá nisso. No início tudo pareciam flores, então se deram conta da bolha econômica que foi criada por (des) governos que querem fazer a população dependente do Estado. Aqui a coisa pode caminhar para o mesmo rumo. Tolo é aquele que acha que Dilma causou todo o problema ... ela contribuiu em grande parte, mas a herança maldita veio do Lula. Não é atoa que Lula não se lançou candidato em 2014 ... e ele ainda diz que foi por ser fiel a ela. Mas tem quem acredite né?! continuar lendo
Diria que começou com a quadrilha montada no impeachment de Collor, que incluia, dentre outros, o intelectual de esquerda FHC. Na oportunidade da apreenção dos veículos do senador Fernando Collor de Mello surgiu um "meme" que traduziria bem a situação: na década de 90, antes da parceria com Lula, Fiat Elba entra na casa da Dinda, hoje é de Porsche para cima! continuar lendo
Todo comunista é em essência um irresponsável financeiro. continuar lendo
'A “criação” da moeda, chamada de mineração, é feita por pessoas, os mineradores, com acesso à internet e um programa de computador potente e complexo' (G1). Estão ferrados mesmo! Cena clássica de bang-bang: ou ficam dentro da igreja em chamas ou saem e são mortos pelos pistoleiros que a cercam. https://saporto.jusbrasil.com.br/artigos/518416114/se-interessa-por-criptomoedas-bitcoins continuar lendo