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18 de Abril de 2024

Mulher de Battisti pede a Cármen Lúcia para ele permanecer no Brasil

Defesa do ex-ativista já pediu ao STF para barrar eventual extradição para a Itália porque ele sustenta um filho que é brasileiro. Caso de Battisti será discutido no Supremo nesta terça (24).

Publicado por Maysa Martimiano
há 6 anos


A mulher do italiano Cesare Battisti, Priscila Pereira, enviou uma carta à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, com um "apelo" para o ex-ativista permanecer no Brasil e poder sustentar o filho do casal, de 4 anos.

A mensagem, escrita a mão, foi protocolada nesta segunda-feira (23) dentro de uma ação que será julgada nesta terça (24), na qual a defesa de Battisti busca proibir o presidente Michel Temer de extraditá-lo para a Itália.

Refúgio no Brasil

Condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados Pelo Comunismo, Cesare Battisti fugiu para o Brasil em 2004 e foi preso no Rio de Janeiro, em 2007.

Em 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu a ele refúgio político e, no último dia de governo, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição do italiano, que já havia sido autorizada pelo próprio STF.

A extradição, porém, passou agora a ser cogitada pelo atual governo depois que Battisti foi preso, em outubro, próximo à fronteira com a Bolívia com dinheiro não declarado. A Polícia Federal acredita que ele estava tentando fugir do país.

A carta ao STF

Na carta, Luana Pereira expressa "preocupação" com a "delicada situação" do companheiro no Brasil.

"Gostaria de enfatizar nosso empenho como pais em assegurar ao nosso filho de quatro anos que se desenvolva como uma criança confiante e segura emocionalmente, atendendo os cuidados necessários de saúde, educação, lazer, bem como, garantir-lhe o direito à convivência em um lar amoroso e harmônico", diz ela na carta a Cármen Lúcia.

Junto com a carta, os advogados de Battisti apresentaram vários comprovantes de depósitos realizados neste ano em favor de Luana, em valores que variam de R$ 200 a R$ 350.

A defesa aponta "dependência econômica e afetiva" do filho e pede que o STF barre uma eventual extradição com base numa súmula da própria Corte que proíbe a expulsão do Brasil de estrangeiro casado com brasileira ou que tenha filho brasileiro dependente economicamente.

Com 62 anos de idade, Battisti vive atualmente em Cananeia, no litoral sul de São Paulo e diz temer por represálias do governo e de líderes italianos que, segundo ele, querem o matar.

"Serei embarcado e tudo será muito difícil, já que os agentes penitenciários na Itália fizeram manifestações dizendo que vão me matar. Existe um ódio alimentado todos esses anos por uma parte da mídia e por forças políticas italianas. Os que querem me matar serão os que deverão cuidar de mim na cadeia", afirmou o ex-ativista em entrevista ao G1.

Priscila Pereira, professora da rede particular, tem 31 anos e diz que não tem estabilidade ou renda suficiente para bancar a subsistência dela e a do filho.

Carta

Veja abaixo a reprodução da carta enviada a Cármen Lúcia:

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3 Comentários

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O fato é que Lula só acobertou mais um assassino que matou em nome do seu amado comunismo. Não há outra razão de ser. continuar lendo

Além disso os crimes pelos quais o indivíduo fora julgado e condenado naquele pais foram "comuns" e não "políticos". Os Torregiani eram um joalheiro e o seu filho de 15 anos que foram assaltados para obtenção de dinheiro.

Na verdade bem pior, foram mortos por vingança por terem reagido à assaltos em outras ocasiões. continuar lendo

Ele foi preso em 2007, há dez anos, e a criança tem quatro. Deveria saber, como condenado por cortes internacionais, de que a sua situação era instável e desta forma qualquer pessoa com o mínimo de discernimento não teria filhos a não ser para evitar uma situação como essa onde estão tentando usar a criança.

Esses recibos são mensais? Duzentão? Trezentão? Essa criança tá vivendo na miséria! Tem algum do dia 30 de fevereiro?

Bota no bolsa família e manda o cara pra Itália.

Sobre a parte afetiva, além de Alberto Torregiani ter sido privado da presença de seu pai aos 15 anos de idade ainda se tornou paraplégico nas mãos do mesmo algoz defendido nesta carta.

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-pública/especiais/dossie-battisti/vitimas-civis-de-battisti-foram-mortas-por-reagiraroubos-d3x6m5jbd8io3w4ci7iqjyde6 continuar lendo